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Chaves de acesso são desafio para streaming e TV paga

Chaves de acesso são desafio para streaming e TV paga

A extração das chaves de acesso aos conteúdos é o maior problema dos serviços de streaming e operadoras de TV paga, quando falamos em pirataria. Muitos dispositivos falham nas medidas de proteção (DRM) via hardware e dependem exclusivamente de softwares do sistema operacional, ficando altamente vulneráveis ao vazamento das chave de conteúdo.

Com as chaves da criptografia de conteúdo em mãos, os piratas passam a fornecer serviços ilegais de streaming e TV por assinatura. O resultado é perda de receita e aumento dos custos de CDN para as empresas de mídia. Esses dispositivos vulneráveis – as tão conhecidas “caixinhas IPTV”, “gatonet” e aplicativos piratas – podem ser identificados e ter o acesso ao conteúdo bloqueado. No entanto, essa medida também afetaria os assinantes legítimos. Milhões de clientes pagantes podem ter os seus serviços interrompidos, gerando frustração e inundando os call centers com reclamações e cancelamentos.

No início deste ano, a Irdeto lançou o ActiveCloak for Media (ACM), um kit de desenvolvimento de software (SDK) para gerenciamento de direitos digitais (DRM). A solução inclui várias camadas de segurança, garantindo – segundo a empresa – que as chaves de criptografia de conteúdo não possam ser extraídas ilegalmente dos dispositivos.

O Irdeto ACM combina a criptografia Whitebox, patenteada pela empresa, com “ofuscação” do código-fonte, anti-depuração e verificação de integridade para fortalecer a tecnologia DRM incorporada a um aplicativo de streaming de vídeo, fornecendo proteção com renovação integrada e diversificação de segurança.

A solução ajuda a evitar o impacto operacional e de reputação de uma medida drástica, permitindo que os serviços de streaming de vídeo e as operadoras de TV paga resolvam o problema por conta própria, protegendo os próprios aplicativos de vídeo, em vez de depender do sistema operacional do dispositivo para proteger o conteúdo em dispositivos vulneráveis. Com o ACM, a descriptografia do conteúdo ignorará o DRM do software do sistema operacional do dispositivo, ocorrendo dentro do próprio aplicativo de vídeo.

“O Irdeto ACM é uma solução para lidar com uma das maiores fontes de pirataria da atualidade, e adicionamos mais uma ferramenta ao nosso arsenal de serviços antipirataria”, diz Andrew Bunten, diretor de operações de entretenimento de vídeo da Irdeto. “Os provedores de serviços de vídeo podem escolher entre atender a uma necessidade específica ou optar por um conjunto de soluções mais amplo para proteção em sua luta contra a pirataria.”

 

ANATEL e a pirataria da gatonet

A Anatel aprovou Plano de Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos de TV por Assinatura de 2023. O plano prevê o bloqueio ou redirecionamento de tráfego de conteúdo e de chaves de criptografia do Serviço de Acesso Condicionado – SeAC (TV por assinatura). A entidade ainda pretende: 

  •  reduzir os riscos às redes de telecomunicações causados por dispositivos TV Box não homologados;
  •  aumentar a segurança física e de dados dos usuários;
  •  reduzir a atividade clandestina de provimento de SeAC por entidades ou pessoas físicas não outorgadas;
  •  melhorar o equilíbrio competitivo do mercado audiovisual pela redução de ofertas irregulares de conteúdo advindo do SeAC.

1 Comment

    […] mudança faz parte da revisão das ações da Agência no combate à pirataria, como anunciado no final do ano passado. Com a medida, a ANCINE passa a atuar de forma articulada […]

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