Conectividade é um dos grandes desafios da RecordTV e das mais de 100 emissoras próprias e afiliadas à rede. Com a crescente demanda por fluxos de comunicação ao vivo, os serviços de vídeo IP sobre links dedicados deixaram de ser interessantes e um novo modelo precisava ser implantado. A Avicom, parceira da RecordTV nos projetos mais relevantes da última década, foi convidada a resolver desafios atuais e futuros, dando vida ao RCP Live, a terceira geração de conectividade da emissora.
O RCP Live garante a ligação permanente entre 30 emissoras, para as contribuições jornalísticas e a distribuição reserva da programação gerada em São Paulo. No centro da solução estão o uso da internet pública e o protocolo SRT (Secure Reliable Transport), reconhecido pela capacidade de transportar vídeos ao vivo com alta qualidade e baixa latência.
Segundo José Marcelo Amaral, Diretor de Engenharia e Operações da RecordTV, “A migração desse serviço com base no uso da internet pública, além da evolução tecnológica, nos proporcionou redução dos custos operacionais e também de 80% nos custos com conectividade”.
“Hoje, as próprias praças têm autonomia para controlar a geração e recebimento de sinais, sem depender de São Paulo, porque os roteamentos passaram a ser descentralizados”, conta Antonio Carlos Nóbrega Sobrinho, Gerente de Projetos e Implementação da RecordTV.
“Nós tivemos a oportunidade de expandir os recursos de conectividade da RecordTV com o protocolo SRT e a internet pública, atendendo aos requisitos de redundância, segurança e qualidade”, afirma Jaime Fernando Ferreira, Diretor Geral da Avicom Engenharia. “O RCP Live libertou a emissora dos links dedicados e reduziu o custo operacional. A Avicom só tem a agradecer a confiança da RecordTV e comemora o sucesso do projeto”.
A economia do projeto RCP Live também foi beneficiada com o aproveitamento de encoders e decoders Ericsson/MediaKind, adquiridos para projetos anteriores, que já dispunham de interface IP. Outros 31 gateways RX1 da MediaKind foram incorporados para completar a integração com a internet.
Agora, a programação chega ao encoder via SDI e segue por IP para o gateway, onde é feito o encapsulamento em SRT. Depois, o sinal é replicado 58 vezes para atender a comunicação redundante com as 29 emissoras conectadas à RecordTV, em São Paulo. Quando chega ao destino, o sinal faz o caminho inverso, passando pelos gateways e decoders.
Este fluxo ponto-multiponto bidirecional está sempre disponível para as contribuições entre as praças e com a cabeça de rede. As emissoras contam ainda com o chaveamento automático para seleção do melhor serviço de internet pública disponível. O projeto ainda contempla um contrato de suporte técnico com atendimento feito no Brasil com a equipe de suporte da Avicom e MediaKind.
RecordTV pronta para o futuro
A flexibilidade da solução apresentada pela Avicom também será aplicada na distribuição de sinais para as operadoras, uma vez que a maioria delas dispõe de gateways compatíveis. Da mesma forma, uma migração de MPEG-4 para 4K/HEVC poderá ser realizada sem dificuldades.
“O próximo passo é chegar a 50 emissoras conectadas”, destaca Antonio Carlos Nóbrega. A simplificação no gerenciamento e a qualidade do serviço proporcionadas pelo encapsulamento com o protocolo SRT darão a segurança necessária para o processo.
“Os gateways MediaKind RX1 foram configurados com uma placa de rede e seis portas Gigabit Ethernet gerenciadas internamente, evitando a compra de hardware adicional”, completa Jaime Fernando Ferreira. “Eles também estão preparados para assumir as funções de encoder, decoder, transcoder e splicing para futuras expansões”.
A distribuição de fluxos BTS via sinais ASI encapsulados em SRT, para alimentar os transmissores da rede está entre as possibilidades futuras do workflow. Outra aplicação disponível será a contribuição de equipes externas, usando o protocolo SRT e pequenos encoders portáteis de diferentes fabricantes — como, por exemplo, o MediaKind CE-Mini — para enviar os sinais diretamente a um dos gateways.