Distribuição

TV conectada dispara, enquanto TV aberta perde espaço

TV conectada dispara, enquanto TV aberta perde espaço

O mercado de televisão no Brasil segue em transformação, com avanço das telas finas e da conectividade, enquanto o sinal aberto tradicional perde espaço. É o que revela o suplemento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua 2024, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo IBGE.

Apesar de 93,9% dos 80,1 milhões de domicílios permanentes no país ainda possuírem televisão, a forma de consumo está mudando. O sinal de TV aberta por antena convencional (analógico ou digital) caiu para 86,5% dos lares com TV em 2024, contra 88,0% em 2023. Enquanto isso, o número de domicílios com televisões de tela fina (LCD, LED ou OLED) subiu de 68,5 milhões para 71,3 milhões no mesmo período, reforçando a migração para dispositivos compatíveis com streaming e serviços sob demanda.

Desigualdades regionais e socioeconômicas

A pesquisa demonstra que a adoção de tecnologias mais modernas está diretamente ligada ao poder aquisitivo. O rendimento médio em domicílios com TV de tela fina (R$ 2.162) foi mais que o dobro do registrado em lares com TV de tubo (R$ 1.133). A diferença é ainda maior quando comparados somente os domicílios com um único tipo de aparelho: quem tem apenas TV de tubo ganha, em média, menos de 44% do rendimento de quem possui apenas TV de tela fina.

Regionalmente, o Sudeste e o Sul lideram em penetração de TVs (95,8% e 95,6%, respectivamente), enquanto o Norte tem o menor percentual (88,1%). Apesar do crescimento absoluto, todas as regiões, exceto o Nordeste, tiveram queda proporcional de domicílios com TV em 2024.

Oportunidades para o mercado de TV Conectada

A queda gradual da TV aberta e a substituição de TVs de tubo por modelos modernos abrem caminho para serviços de streaming, IPTV e smart TVs. A Região Centro-Oeste, por exemplo, já tem 93,4% dos domicílios com apenas TVs de tela fina – indicando um público mais preparado para conteúdos digitais.

Com a estabilização no número total de domicílios com TV, a indústria deve focar em monetização via assinaturas, publicidade digital e integração de serviços, especialmente nas regiões com maior poder aquisitivo. Enquanto isso, o Nordeste – ainda com o maior percentual de TVs de tubo (5,2%) – representa um mercado em potencial para a renovação tecnológica.

Com informações do IBGE.

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