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A escolha da tecnologia correta e eficiente para produção em 4K

A escolha da tecnologia correta e eficiente para produção em 4K

Série de artigos soluções de mercado e exigências da indústria audiovisual para a criar conteúdos em 4K.

 

A tecnologia dos televisores evoluiu drasticamente desde o início do século XXI. Este avanço começa com a transição do analógico para o digital e com a chegada dos televisores digitais, de Plasma, seguidos pelos LCD, LED e OLED. Alcançou-se a Alta Definição (HD – High Definition).

 

Essa transformação tecnológica nos receptores e monitores obrigou o mercado de produção de vídeo a rever totalmente os seus hardwares e fluxos de trabalho de produção, desde a captura, edição, pós-produção até a finalização para produzir com a qualidade exigida por estes receptores e monitores. Foi dureza (até mesmo engraçado), ver muitos TVs Full HD, recebendo sinais SD e os “esticando” para preencher a tela 16:9 com definição 1920 x 1080, com um sinal original 4:3 de definição 720 x 480.

 

Nova geração

Agora estamos no 4K ou UHD (Ultra High Definition), uma terminologia genérica que em vídeo correspondente a resolução de 3840 x 2160 pixels. Câmeras UHD 4K oferecem uma resolução de imagem quatro vezes melhor do que Full HD (1920×1080). Isso quer dizer muito mais detalhes na imagem o que aumenta muita sua nitidez.

 

O dilema da revisão ou atualização dos hardwares e do fluxo de trabalho é bem parecido, porém pelo menos o UHD 4K 3840 x 2160, mantém o aspecto 16:9. Mas temos também o 4K DCI (Digital Cinema Initiative ) ou Cine 4K, que é 256 pixels mais largo: 4096 x 2160, e não vemos nenhum artifício para preenchimento da tela. Porém, como o 4K tem 4 vezes mais definição do que o Full HD, nota-se perfeitamente que a diferença entre uma produção feita em Full HD e outra feita em UHD 4K exibida em uma TV / monitor 4K. Está longe da grande diferença entre o que era produzido em SD 4:3 e exibido em uma TV Full HD, mas quando falamos das atuais produções de séries e filmes, o mercado está exigindo um workflow de produção todo em 4K (3840 x 2160 pixels).

 

Várias pesquisas no mercado estão mostrando que as vendas de SmartTVs 4K estão subindo ano após ano, no Brasil e no Mundo, a segmentação e a multiplicação das plataformas de distribuição, estão proporcionando uma maior demanda por conteúdos principalmente os captados, produzidos e distribuídos em 4K, mesmo empresas que estão realizando projetos para distribuição em Full HD, estão preferindo produzi-los em 4K, fazendo com que essas produções tenham melhor resultado de qualidade em grandes telas e poderem ser usadas futuramente em sistemas de distribuição 4K.

 

Ofertas da indústria

A indústria já oferece inúmeros produtos para produção 4K, mas a produção de conteúdo em um workflow 4K, exige uma atenção redobrada, ou melhor “quadruplicada”, tanto na qualidade, quanto no poder de trabalho, processamento, segurança e compatibilidade de todos os softwares e hardwares envolvidos.

 

Embora tenha demorado mais de uma década para a transição de SD para HD, a mudança de HD para 4K está sendo bem mais rápida. Muitos já estão produzindo conteúdos em 4K, de Emissoras de Televisão, Produtoras Independentes, Empresas Corporativas, até aos “You Tubers” e profissionais no mercado de atendimento direto de produção audiovisual para festas, casamentos, etc, se não estão produzindo em 4K estão planejando fazê-lo o mais breve possível.

 

Como preparar a sua empresa para esta transição? Que tipo de Câmeras, lentes, Hardwares e softwares já usa ou pretende usar? Que tipo de workstations e softwares de edição e pós-produção poderão ser aproveitados para lidar com resoluções, profundidades de cores e taxas de quadros bem mais altas? Como compatibilizá-los para se montar um fluxo de trabalho sem distorções, problemas de travamentos, perda de qualidade e consequentemente prejuízos?

 

Qual é a engenharia para se montar tecnicamente este fluxo de trabalho 4K desde a captação (lentes, sensores e câmeras), Ingest com back-up, Edição colaborativa, pós produção com efeitos visuais “VFX”, correções de cor e de contraste entre outros detalhes para garantir a qualidade, tenha fluidez, segurança e possa entregar o produto final para várias plataformas?

 

Ao longo de uma série de artigos sobre CAPTAÇÃO, EDIÇÃO, PÓS-PRODUÇÃO, FINALIZAÇÃO e DELIVERY, reuniremos dicas de profissionais, recursos técnicos, hardwares, softwares e novidades para produção em 4K. Dos requisitos mínimos para produções para internet, You Tube, Vimeo, Facebook, até às complexas exigências dos grandes compradores de produção do mercado, como Netflix, Amazon Prime, HBO, GLOBOPLAY entre tantos.

 

Armando Moraes é Engenheiro Eletrônico, com mais de 40 anos de experiência no mercado de TV, Rádio e Produtoras. Atuou como Engenheiro de TV e Rádio por 15 anos e nos últimos 25 anos como Engenheiro de Vendas para empresas distribuidoras e/ou fabricante de equipamentos. Também  foi Diretor Técnico da TV Itapoan em Salvador, Engenheiro de Vendas para distribuidores de fabricantes  como JVC, For-A, Avid, Fujinion, Canon, Panasonic, Gerente Comercial da 4S e Gerente de projetos no Brasil da EVS. É proprietário da ENTV – Consultoria e Projetos de Engenharia .

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