Diferente das decisões tomadas há quase 20 anos, quando houve um alinhamento entre o Brasil e o Japão para definir o padrão da TV digital (TV 2.0), agora o alinhamento é com os EUA. O Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) recomendou, por unanimidade, a adoção do padrão ATSC 3.0 como base para a nova TV 3.0 brasileira. A decisão foi anunciada na segunda-feira (22/07).
Pesaram a favor da decisão a possibilidade de transmitir imagens com resolução de até 8K e áudio imersivo; o aperfeiçoamento da interatividade dos telespectadores com a programação, fazendo compras, acessando conteúdos sob demanda e participando de enquetes; e alertas de emergência mais eficientes, para alertar a população em situações críticas, como desastres naturais.
A escolha do ATSC 3.0 foi resultado de testes realizados pelo SBTVD entre dezembro de 2023 e maio de 2024. Segundo o Ministério das Comunicações, a tecnologia foi escolhida por sua adequação aos requisitos específicos do projeto TV 3.0 e por sua capacidade de atender às necessidades dos brasileiros.
Implementação gradual da TV 3.0 será gradual e não exigirá que os telespectadores adquiram novos aparelhos imediatamente. A programação continuará sendo transmitida em canais abertos e gratuitos, e os televisores atuais poderão receber o sinal, embora com qualidade inferior e sem os recursos interativos. Para aproveitar todos os benefícios da nova tecnologia, será necessário adquirir um televisor compatível com o padrão ATSC 3.0.
Atualmente, broadcasters estão levando o sinal da NEXTGEN TV, como a TV 3.0 também é conhecida, para mais de 75% dos Estados Unidos. A audiência efetiva ainda é muito limitada, pois a TV por assinatura prevalece por lá, mas estima-se que os Jogos Olímpicos impulsionem a adoção de antenas externas nos domicílios.