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A sonoridade do Simple Minds nas SSLs da turnê Walk Between Worlds

A sonoridade do Simple Minds nas SSLs da turnê Walk Between Worlds

A letra de Don’t You (Forget About Me) está cravada na memória de quem gosta de rock e tem mais de 40 anos. Todos querem ouvi-la como se estivessem na primeira apresentação dos escoceses do Simple Minds, por isso qualquer mudança no setup de equipamentos da turnê é muito tensa.

Neste ano a banda esgotou os ingressos em diversas paradas que fez com o álbum Walk Between Worlds pela Europa e Estados Unidos. Sem novidades, sempre foi assim. Nos bastidores entretanto estão duas consoles SSL comandadas pelo engenheiro de FOH Oliver Gerard e pelo engenheiro de monitor Mike Gibbard. É algo inédito para a equipe.
Apesar de o Simple Minds estar em turnê com um álbum novo, eles nunca negligenciariam as suas músicas clássicas e este provavelmente tem sido um dos maiores desafios para Gerard, Gibbard e seus equipamentos. “Eu tenho que lidar com a música do final dos anos 70, passando pelos anos 80 e 90, chegando aos dias de hoje”, diz Gerard. “Tento recriar os verdadeiros sons daqueles momentos, porque todos conhecem essas músicas em todas as suas tonalidades”.
Gerard trabalha com a banda há mais de dez anos, por isso construiu uma extensa gama de efeitos sob medida – particularmente reverbs – em um rack adicional ao lado da sua SSL L200. Por outro lado, Gibbard, que começou com a banda este ano, recriou a maior parte do que ele precisa dentro de seu console SSL L500, usando até 11 reverbs de uma só vez para levar as múltiplas camadas do som Simple Minds para os monitores In-Ear e de retorno no palco.
Para ambos, o som das SSL Live foi o fator decisivo. Gerrard: “Eu usei praticamente todos as marcas de consoles digitais com Simple Minds. Quando eu tive a primeira demonstração da SSL achei que seria complicado, mas tive a oportunidade de acompanhar um amigo que usou uma L200 em outra banda. Eu conferi como ele estava mixando o show e tudo pareceu tão bom que decidi dar uma chance.
Gibbard teve um feedback inequívoco diretamente da banda: “Jim veio até mim depois dos ensaios e disse: ‘Eu tenho um Rolls Royce, não tenho?’, enquanto o guitarrista da banda, Charlie Burchill, disse que não tinha ouvido nada assim antes”.
Estruturalmente, ambos os engenheiros têm suas próprias preferências. Gerard diz que é bastante tradicionalista quando se trata de organizar o layout e, embora ele tenha sido “seduzido pelos Stems”, ele está usando os auxiliares tradicionais para todos os efeitos: “É a minha primeira vez com o console, então mantive a estrutura semelhante ao que estou acostumado”.
Em bandas como o Simple Minds, o som é tudo. A produção dos discos é responsável em grande parte por sua singularidade. Para Gerard, comprometer-se com uma nova console significou comprometer-se a conduzir mais de 60 músicas usando uma nova tecnologia, então ele deveria estar convencido: “Voltar para outro console que não tenha os recursos que esta mesa tem seria difícil”, observa. “Estou me acostumando até mesmo com as telas multi-touch, é muito natural. Eu também não uso mais os controles rotativos”. O tempo dirá se o Simple Minds não esquecerá mais da SSL.

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