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Conectividade como “infraestrutura da oportunidade” marca abertura da Futurecom

Conectividade como “infraestrutura da oportunidade” marca abertura da Futurecom

A 30ª edição da Futurecom, maior congresso de tecnologia e telecomunicações da América Latina, foi aberta nesta terça-feira em São Paulo com a participação de Hermano Barros Tercius, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, que representou o ministro Frederico Siqueira Filho, em missão oficial no G20, na África do Sul.

Em seu discurso, Barros destacou a conectividade como infraestrutura essencial para a cidadania e para o desenvolvimento do país, enfatizando que o acesso à internet já não é mais um luxo, mas “o novo nome da cidadania”.

“Estar conectado não é apenas ter acesso à educação, saúde e trabalho, mas também à própria existência da vida em sociedade. Nossa responsabilidade como gestores públicos é transformar a conectividade em um direito de todos, não em privilégio de poucos”, afirmou.

Políticas públicas em andamento

O representante do ministério apresentou os principais programas que estão sendo conduzidos pelo governo federal:

Política Nacional de Conectividade Rodoviária – em consulta pública até 22 de outubro, tem como objetivo ampliar a cobertura de internet ao longo das rodovias federais, promovendo a itinerância entre operadoras.

Política Nacional de Cabos Submarinos e Política Nacional de Data Centers – voltadas à expansão e descentralização da infraestrutura digital no país. Um workshop internacional sobre o tema será realizado em Brasília no dia 9 de outubro, com participação de especialistas do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal.

Plano Nacional de Inclusão Digital – estratégia de longo prazo para reduzir desigualdades no acesso à internet, envolvendo 18 ministérios, estados, sociedade civil e setor produtivo.

Avanços na inclusão digital

Barros também apresentou resultados de iniciativas já em andamento. Entre elas, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, que prevê levar internet a todas as 138 mil escolas públicas até 2026. Segundo o secretário, 20 mil novas escolas já foram conectadas em 2025, sendo mais de 10 mil em áreas rurais.

Outro destaque foi o programa Computadores para Inclusão, que multiplica por oito a capacidade de doação de equipamentos reaproveitados e treinamento digital. A meta para este ano é distribuir 20 mil computadores e preparar o terreno para que, nos próximos anos, o programa possa alcançar mais de 100 mil unidades anuais.

O Internet Brasil, que fornece chips de conectividade para alunos de baixa renda, também foi lembrado. Após o piloto em 2023, o programa atingiu 150 mil chips distribuídos em 2024, superando a meta inicial.

Compromisso coletivo

Encerrando sua participação, Barros reforçou que o avanço digital do país depende da soma de esforços entre Estado, empresas e sociedade civil:

“A transformação digital do Brasil não será fruto de esforços isolados, mas de uma grande construção coletiva. Não haverá desenvolvimento sustentável nem justiça social sem inclusão digital”, concluiu.

A Futurecom 2025 acontece de 30 de setembro a 2 de outubro, reunindo autoridades, executivos e especialistas em tecnologia, telecomunicações e inovação.

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